Sessão de Novembro em parceria com o Instituto Das Pretas




No dia 20 de novembro comemora-se o dia da Consciência Negra, em referência ao dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Em alguns estados do Brasil é feriado. No Espirito Santo não é. E esse dado fala muito sobre como Estado do Espírito Santo compreende as necessidades da população negra capixaba. Há anos o estado do Espírito Santo segue entre os cinco estados brasileiros em mortalidade de mulheres e quando inserimos o recorte de raça o dado é ainda pior, já que aqui, uma mulher negra tem o dobro de chance de ser morta por ser quem é.
No mês de novembro o Cineclube Afoxé aporta no Instituto Das Pretas.  O Cineclube Afoxé, projeto aprovado em edital de criação de cineclubes da Secretaria de Cultura do Espírito Santo, no ano de 2017, cujo objetivo é exibir filmes de mulheres ou que tratem das condições de vida de mulheres, principalmente, mulheres negras, em espaços culturais e públicos na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo. O Instituto Das Pretas é o único espaço negro institucional não governamental e não partidário no Espírito Santo, é também uma loja colaborativa para empreendedoras negras e promotora de ações de Afro Inspiração e Empoderamento à mulheres Negras.
A sessão acontecerá dia 03/11, com a exibição de “Felicidade por um fio”, uma produção da Netflix dirigida e roteirizada por uma mulher, Haifa Al-Mansour, e protagonizada pela atriz Sanaa Lathan. No filme, a personagem central, após uma enorme desilusão, ela resolve repaginar o visual e o caminho de aceitação de seu cabelo crespo está intrinsecamente ligado à sua reformulação como mulher, superando traumas que vêm desde a infância e pela primeira vez se colocando acima da opinião alheia.
A escolha do longa metragem partiu das frequentadoras e frequentadores do Instituto Das Pretas que queriam assistir os dois filmes com outras pessoas para conversarem sobre a temas levantados nos filmes como, racismo, estética negra, violências e possibilidades de resistências. Nesse momento de conjuntura tão delicado, optamos por seguir com projetos que fortaleçam pessoas negras e nossos espaços de quilombo urbano.

Evento 

Sessão do Cineclube Afoxé em parceria com o Instituto Das Pretas
Data: 03/11/2018
Horário: 15 horas
Local: Instituto Das Pretas
Endereço: Rua Gama Rosa, nº 194, Centro de Vitória, Vitória-ES

Programação Cineclube Afoxé na 4ª Conferência Mundial de Ações para Redução das Desigualdades Étnico-Raciais




O Cineclube Afoxé está compondo a programação cultural da 4ª Conferência Mundial de Ações para Redução das Desigualdades Étnico-Raciais, que acontece na UFES nos dias 26 a 29/09. Teremos sessões pela manhã no Cine Metrópolis. Participem! 

8h30 h
Victor (Animação, 1 min, 2016)
Os pingos da chuva parecem não incomodar um estranho homem e seu surrão quando esses atravessam na madrugada a fachada de um cemitério na alameda mal iluminada. Enquanto o carro policial ronda a esquina, o misterioso sujeito, cuja face permanece oculta na névoa densa, aperta o passo até chegar a um pequeno cômodo onde dedica o restante da madrugada ao seu enigmático projeto. A manhã seguinte traz a revelação surpreendente de todo o mistério envolto na figura e o verdadeiro motivo de sua pressa.
Victor foi um dos projetos vencedores do Edital Curta Animação 2013: Resíduos Sólidos em Um Minuto.

Guerreira (Animação, 7 min, 2017)
Discutir as aproximações entre uma heroína do século XVII e uma mulher da nossa época é a proposta do curta de animação “Guerreira” (2017). O filme conta a história de Regina, que dentre muitos papeis na vida, tem o de interpretar Maria Ortiz, a lendária capixaba que ajudou a expulsar os corsários holandeses que invadiram o litoral de Vitória, por volta de 1600.
Guerreira teve o patrócínio da Lei Rubem Braga e da Prefeitura de Vitória, e o apoio da rede de hotéis Bristol. O curta conta com as vozes de Edson Nascimento, Rayanne Abrante, Nane Ramos, Márcia Coradine e Fran Germano.

9:30 h
Canto da mulher Quilombola, de Xis Makeda (Documentário, 5 min, 2017, Livre)
Produzido pelo Grupo Sawabona de Cultura Negra, o documentário retrata o protagonismo de mulheres quilombolas da região do Sapê do Norte, no Espírito Santo, através das memórias de seu “canto” territorial e seus cantos culturais ancestrais.

10:30 h
"Rio de lágrimas secas", de Saskia Sá (Documentário, 25 min, 2018)
Rio das Lágrimas Secas traz um recorte sobre as perdas sofridas por mulheres de três pequenas comunidades, localizadas no caminho da lama de destruição do desastre/crime ambiental provocado pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, que ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 e afetou o Rio Doce e todos os ecossistemas ao seu redor, matou 19 pessoas e desalojou inúmeras outras.
Todas as mulheres tiveram seus modos de vida e as suas relações com seus territórios e com a paisagem em que habitavam transformados pela tragédia. Todas tiveram que aprender a ser atingidas por este crime. Até a data de finalização deste filme, a Samarco e os responsáveis ainda continuam impunes.

11:30 h
“Não somos mais um”, de Larissa Fulana de Tal  (Documentário, 19 min, 2015)
Em "Não Somos Mais Um", o genocídio da População Negra, expresso no extermínio da Juventude Negra, imprime na tela ecos de dor e revolta.

12:00 h
“Diários de Classe”, de Maria Carolina da Silva e Igor Souza (Documentário, 76 min, 2017)
Frequentando salas de aula de alfabetização de adultos, uma empregada doméstica, uma mãe encarcerada por tráfico de drogas e uma adolescente transexual resistem a um sistema que insiste em apagar as suas vidas.

As paneleiras de goiabeiras são o tema da sessão do Cineclube Afoxé



No mês de setembro o Cineclube Afoxé faz a sua sessão na rua. Será no bairro Goiabeiras, no sábado, dia 01, às 18 horas, em parceria com a Mangueoteca. A sessão será uma homenagem a identidade capixaba tão bem representada pelas paneleiras de goiabeiras, ofício de mulheres que preservam a cultura dessa terra. Serão exibidos dois curtas ambientados no bairro.
“Beatitude”, de Dell Freire, faz uma releitura do mito de Anastácia, a mulher escravizada divinizada pela cultura afro-brasileira. A jovem Anastácia, uma das mulheres responsáveis pela confecção de panelas de barro em Goaibeiras, é vista pelo orixá Ajalá. Apaixonam-se. O amor dos dois vai causar a alegria em uns deuses e a ira em outros. Esse amor perfeito irá resultar numa comunhão divina entre homens e deuses, mostrando que todo homem e toda mulher é uma divindade através da realização de seu trabalho no dia-a-dia.
O segundo curta a ser exibido é o documentário “Mulheres de Barro”, de Edileuza Souza. Em meio aos relatos de suas histórias de amor, doze mulheres, Paneleiras e Congueiras de Goiabeiras Velhas-ES, confeccionam suas panelas de barro com a mesma força e destreza com que a vida moldou seus destinos e afetos. Apesar de uma vida sofrida essas mulheres conquistaram uma velhice tranquila retirando do barro e do congo a razão e o prazer de viver.
Após a exibição, haverá uma roda de conversa com a participação da presidenta da Associação de Paneleiras de Goiabeiras Berenice Correia, da professora Andréa Ramos e do diretor do filme 'Beatitude' Dell Freire.
A Mangueoteca é uma biblioteca comunitária que funciona na varanda da casa de Ester e Jimmy. Além da biblioteca, há em funcionamento um cursinho pré-vestibular e atividades culturais. 
O Cineclube Afoxé é um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé exibe, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, filmes de diretoras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. As sessões ocorrem periodicamente, ao longo de 2018, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.

SERVIÇO
Data: 01/09/2018
Horário: 18 horas
Local: Mangueoteca - Rua Professora Ilma Anechinni Zumack, n32 - Maria Ortiz, Vitória – ES (próximo ao posto de saúde, varanda da casa de Ester e Jimmy).
Filmes: “Mulheres de Barro” e “Beatitude”


Cineastas negras colocam a nossa marca nas telas do cinema

11.08.2018
 - 
Por Mônica Costa

Cineastas negras colocam a nossa marca nas telas do cinema
*Mônica Costa
A autoestima de uma população está intrinsecamente relacionada às referências que recebe ao longo da vida. No mundo moderno, as telas da TV e do cinema têm grande influência sobre a identidade de um povo. Nós, mulheres negras, que representamos pelo menos 30% dos brasileiros, não aparecemos neste cenário. E quando estamos lá, geralmente somos subjugadas e/ou sensualizadas. Papéis como jornalistas, advogadas, arquitetas, engenheiras, sociólogas, professoras ou cineastas, raramente são retratados.
“Eu defendo o meu lugar enquanto cineasta negra, sempre buscando estratégias de sobrevivência para a produção dos nossos filmes”, diz Thamires Vieira,cineasta baiana, formada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e que dedica o seu talento para a produção de narrativas audiovisuais como um instrumento para o fortalecimento da identidade negra. “Adotamos o cineclubismo como uma ferramenta para formação do público para os nossos próprios filmes”, afirma Vieira, que é integrante do Coletivo Tela Preta e sócia da produtora Rebento, formada por outras quatro cineastas negras.
Dados da pesquisa Diversidade de Gênero e Raça realizada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), não traz novidades. Também no audiovisual, os homens brancos são 75,4% dos diretores e 60% dos produtores. As mulheres negras sequer aparecem em tais cargos. Nos filmes brasileiros de 2016, as mulheres representaram 40% do elenco, já os negros, apenas 13,3%. Em 75,3% dos longas nacionais, os negros são, no máximo, 20% do elenco. Não há um recorte, mas não é tão difícil adivinhar qual a nossa parte neste quinhão.
Por isso, iniciativas como a Tela Preta e outros coletivos formados por uma geração de cineastas negras são imperiosos para quebrar estereótipos historicamente criado sobre nós e para desconstruir uma ideia, perversa, de que não somos bons suficientes.
Para Bárbara Cazé, pedagoga e curadora do projeto Cineclube Afoxé, a exibição de filmes que tenham mulheres negras como diretoras, roteiristas ou protagonistas estimulam o expectador a se ver como aquela mulher. “Somos protagonistas na vida, sempre estivemos no centro das cenas, e nas sessões do Cineclube damos visibilidade para esta nossa participação na sociedade”, diz Cazé. O projeto exibe, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória (ES), filmes de diretoras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras.
mulheres-negras-no-cinema(1)
A curadora aponta um fato interessante: a maioria dos filmes selecionados para a mostra foram produzidos por cineastas cotistas, oriundos de políticas públicas. Um sinal evidente de que, havendo oportunidades, somos capazes de produzir importantes registros para o audiovisual. “Depois das exibições, promovemos rodas de conversas com especialistas sobre o tema abordado na tela e lideranças femininas (militantes, referência na comunidade, etc.). Os resultados têm sido tão positivos que chegaremos a dez exibições, ultrapassando o limite proposto no projeto enviado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult, que eram sete”, comemora Cazé.
*Mônica Costa é jornalista, mãe de um garoto de 14 e de uma menina de 7 anos. Estudiosa de educação financeira e curiosa sobre a condição da mulher negra e o capital.





Matéria originalmente publicada no site Finanças Femininas, na Coluna Grana Preta
https://financasfemininas.com.br/cineastas-negras-colocam-a-nossa-marca-nas-telas-do-cinema/

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CINECLUBES ACONTECE NA BIBLIOTECA PÚBLICA, SEGUIDA DE EXIBIÇÃO DE CURTAS SOBRE JUVENTUDE






Uma Oficina de Produção de Cineclubes será oferecida pelo Cineclube Afoxé, para comemorar o dia do estudante, na tarde de sábado, 11 de agosto, das 13h às 15h, na Biblioteca Pública do Espírito Santo. Após a oficina, ocorrerá a exibição dos curtas de ficção “Nada”, de Gabriel Martins, e “Casca de Baobá”, de Maria Luiza.
A Oficina de Produção de Cineclubes é aberta e gratuita para coletivos de juventude ou qualquer pessoa com interesse em conhecer a dinâmica de funcionamento de um cineclube. As facilitadoras serão a produtora executiva do Cineclube Afoxé Bárbara Cazé e a poeta e integrante do cineclube Nome Provisório Tamyres Batista. Para se inscrever, basta preencher formulário online disponível no site do Cineclube Afoxé, www.cineclubeafoxe.blosgpot.com.
Os dois curtas que serão exibidos às 15h tratam das tensões das juventudes na fase de formação. Em “Nada” a protagonista, Bia, acaba de completar 18 anos, está quase no fim do ano e as provas do vestibular estão chegando. Mesmo pressionada por parte dos pais e de todos na escola para decidir o que cursar, Bia não quer fazer nada. No curta carioca “Casca de Baobá”, uma jovem negra nascida em um quilombo no interior do Rio de Janeiro é cotista na UFRJ. Sua mãe leva a vida cortando cana nas proximidades do quilombo. As duas trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era social e econômica. 
Ao final da exibição, acontecerá uma roda de conversa com a participação da professora, cientista social e mestranda Eliane Quintiliano e da pedagoga, vice-presidente do Conselho da Juventude de Vitória e coordenadora do Núcleo Afro Odomodê Crislayne Zeferino. A mediação ficará sob a coordenação de Tamyres Batista.

Sobre o Cineclube Afoxé
O Cineclube Afoxé é um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé exibe, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, exibe filmes de diretoras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. As sessões ocorrem periodicamente, ao longo de 2018, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.

SERVIÇOS

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CINECLUBES
Data: 11/08/2018 (sábado)
Horário: 13 às 15 horas
Local: Biblioteca Pública do Espírito Santo (Av. João Batista Parra, 165 - Enseada do Suá, Vitória – ES)

SESSÃO CINECLUBISTA
Data: 11/08/2018 (sábado)
Horário: 13 às 15 horas
Local: Biblioteca Pública do Espírito Santo (Av. João Batista Parra, 165 - Enseada do Suá, Vitória – ES)
Filmes: “Nada” e “Casca de Baobá”

SOBRE OS FILMES
“Nada”, de  Gabriel Martins (Ficção, 2017, 27 min)
Bia, que acaba de completar 18 anos, está quase no fim do ano e as provas do vestibular estão chegando. Mesmo pressionada por parte dos pais e de todos na escola para decidir o que cursar, Bia não quer fazer nada.

“Casca de Baobá”, de Maria Luiza (Ficcção, 2017, 11 min)
Uma jovem negra nascida em um quilombo no interior fluminense é cotista na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua mãe leva a vida cortando cana nas proximidades do quilombo. As duas trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era social e econômica. 

SOBRE A RODA D E CONVERSA
Eliane Quintiliano é professora, formada em Ciências Sociais e está cursando mestrado de Ciências Sociais, foi afroempreendedora e integrante do Cineclube Negrada.
Crislayne Zeferino é jovem, negra, periférica, pedagoga, Vice presidente do conselho da juventude de Vitória, Filiada ao Movimento Negro Unificado, Articuladora/Mobilizadora de ações culturais nos bairros periférico do município de Vitória, Líder da Pastoral da Criança do Território do Bem, pesquisadora da temática: Juventude Negra, Raça e Gênero e integrante do coletivo crias daqui.
Tamyres Batista Costa é negra, poeta e estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Espírito Santo. Integrante do Cineclube Nome Provisório, com que dirigiu coletivamente os curta-metragens-poemas "RASPAGE" e "MARROM" e também do cineclube Teresa de Benguela, foi Produtora e locutora do Programa de Rádio Afro-diáspora entre os anos de 2015 e 2018. Integrou a publicação "De Zacimbas a Suelys: Coletânea Afro— Tons de Expressões Artísticas de Mulheres Negras no ES" e "Elas em órbita" ambos lançados em 2017. Tem lutado para garantir o direito de fabular e habitar dentro do próprio sonho.
Bárbara Cazé é educadora e pesquisadora, licenciada em pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Mestra em Educação (UFES), com pesquisa sobre Cineclube e Escola. É produtora executiva do Cineclube Afoxé.


Sessão Cineclubista Vivências



No mês da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, o Cineclube Teresa de Benguela realiza a Sessão Cineclubista Vivências no Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” - Mucane, em Vitória. As sessões serão realizadas nos dias nos dias 7, 18 e 28 de julho.

O cineclube foi contemplado no Edital de Seleção de Projeto de Ocupação do Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane), ano 2017/2018, Categoria II - Ação Cultural.

Durante os três dias de mostra serão exibidos produções audiovisuais de ficção, documentário e web-série, dirigidos por mulheres negras. Após as sessões haverá roda de conversa com as realizadoras e convidadas sobre os filmes exibidos e questões de gênero e racial.


Cineclube Teresa de Benguela

Formado pelas cineastas Hegli LotérioKarol MendesGabriela SantosDaiana RochaLáisa Maria e a artista Tamyres Batista, o cineclube Teresa de Benguela é um espaço de discussão e uma rede de intercâmbio entre cineastas, pesquisadoras, ativistas e estudantes negras dedicadas à discussão da representação da mulher negra na mídia e no audiovisual brasileiro.

Em 2017 o cineclube realizou a 1º Mostra Cineclube Teresa de Benguela: Trajetórias. A primeira edição teve duração de cinco dias e contou com a exibição de diversas obras nacionais, oficinas e a presença de cineastas como Adélia Sampaio e Renata Martins. 


Programação

07.07 - Sábado - 15h às 18h
-Abertura
-Exibição Raiz Forte. Dir. Charlene Bicalho, 30 min, 2013. ES. Web-série documental. 
-Roda de conversa com Charlene Bicalho.

18.07 - Quarta-feira - 18h30 às 21h30
-Exibição Quando Você Volta?, Dir. Beatriz Moreira, 20 min, 2017, ES e Braços Vazios. Dir. Daiana Rocha, 16 min, 2018, ES. 
-Roda de conversa com Daiana Rocha e Mayara dos Santos (assistente de produção Quando você volta?)

28.07 - Sábado - 15h às 18h - Sessão em parceria com o Cineclube Afoxé
-Exibição Cabelo Bom. Dir. Swahili Vidal e Claudia Alves, 15 min, 2016, RJ e Revejo, Dir. Láisa Freitas, 18 min, 2017, ES/SP.
-Roda de conversa com Tamyres Batista, Karol Mendes, Láisa freitas e Bárbara Cazé (integrante do Cineclube Afoxé).
-Encerramento 

Serviço
2º Mostra Cineclube Teresa de Benguela: Vivências
Dias: 7, 18 e 28 de julho
Local: Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane)

Realização
Cineclube Teresa de Benguela

Apoio
Mucane - Museu Capixaba Do Negro
Prefeitura de Vitória
Cineclube Afoxé

Resistência e luta são temas da nova sessão do Cineclube Afoxé




Na próxima sexta-feira, dia 13 de julho, o Cineclube Afoxé em parceria com o Odomodê realizará uma sessão no Museu Capixaba do Negro - Mucane, às 14 horas. Serão exibidos: Estamos todos aqui”, de Chico​ ​Santos​,​ ​Rafael​ ​Mellim, e As minas”, de Brunella Alves. Os dois documentários abordam de modo diferente a temática da resistência e a luta das mulheres por direitos e espaços sociais e culturais.

“Estamos todos aqui”, a vlogueira Rosa Luz faz sua estreia no cinema – já bastante reconhecida por seu trabalho em Barraco da Rosa (youtube), aqui interpreta a árdua tarefa de existir como pessoa transgênero em um cotidiano de mazelas, exclusões e desumanização de seu corpo. O filme retrata a Favela da Prainha, às margens do Porto de Santos, Rosa tenta construir seu próprio barraco em meio à mobilização da comunidade diante de um despejo iminente. Com linguagem enérgica que mescla ficção e documentário, este filme de criação coletiva e direção de Chico Santos e Rafael Mellim intersecciona a luta por moradia ao debate sobre vivências periféricas marcadas pelas questões de gênero e sexualidade.
As minas”, Bunella Alves buscou retratar a resistência e a representatividade da mulher no movimento de Hip Hop na Grande Vitória e abordou o machismo existente dentro desse movimento cultural.  O cenário visual do vídeo é protagonizado por recortes de depoimentos com 8 meninas, divididas em 3 grupos: Break (Conexão Flow), 2 de Rap ( Preta Roots e Melanina MCs) e um coletivo de grafite (Coletivo dasMina), há uma reflexão sobre quando a representatividade ficou mais forte na região, como se inseriram no movimento, além das mudanças necessárias para mudar a repressão que ainda acontece por participarem do Hip Hop.


Cineclube Afoxé faz sessão do Encontro das Pretas



MEMÓRIAS DE FAMÍLIAS NEGRAS É TEMA DE SESSÃO CINECLUBISTA




No mês de julho o Cineclube Afoxé realizará uma sessão na Biblioteca Pública do Espírito Santo, na terça-feira, dia 03/07/2018, às 18:30 h. Serão exibidos dois curtas “Travessia”, de Safira Moreira, e “Dara”, de Renato Candido de Lima. Os dois curtas abordam de modo poético a memória de famílias negras.
A diáspora africana,  imigração forçada de homens e mulheres do continente africano para outras regiões do mundo, trouxe para o Brasil famílias inteiras que foram separadas quando as vidas de homens, mulheres e crianças negras eram comercializadas. Na condição de escravizados, a manutenção dos laços sanguíneos nunca era respeitada. As famílias negras brasileiras nascem dessa história marcada pela violência da separação e múltiplas formações possíveis sanguíneas ou não.
No documentário “Travessia”, a diretora Safira Moreira, parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro. Já na ficção “Dara”, de Renato Candido de Lima, trata do reencontro de uma família do interior da Bahia na cidade de São Paulo, nos anos 60, pelo olhar de uma garota negra de 10 anos. Após a exibição dos filmes acontecerá uma roda de conversa com convidadas.

Sobre o Cineclube Afoxé
O Cineclube Afoxé é um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé exibe, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, exibe filmes de diretoras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. As sessões ocorrem periodicamente, ao longo de 2018, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.

SERVIÇO
Data: 03/07/2018 (terça-feira)
Horário: 19 horas
Local: Biblioteca Pública do Espírito Santo (Av. João Batista Parra, 165 - Enseada do Suá, Vitória – ES)
Filmes: “Travessia” e “Dara”

SOBRE OS FILMES
“Travessia”, de Safira Moreira
(Doc, 2017, 5 min)
Utilizando uma linguagem poética, Travessia parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro. 

 “Dara”, de Renato Candido de Lima
(Ficção, 2017, 18 min)
Dara, uma garota negra de 10 anos, da região rural de Nova Soure – BA, ainda nos anos 60. Na véspera de migrar para São Paulo, Dara deseja montar um balancinho no cajueiro do sítio onde mora com os avós e seu irmãozinho. Seus pais já estão em São Paulo, é hora de a menina partir.

RODA DE CONVERSA
Carol Ornellas é mestra em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo, onde hoje também cursa doutorado na mesma área, com estudos que relacionam a literatura contemporânea e a violência urbana no Brasil. Ainda na Ufes, compõe o Grupo de Pesquisadoras Negras Virginia Bicudo. É membra do Fórum de Mulheres do Espírito Santo e professora da rede pública estadual do ES.
Eliane Meire de Souza Araújo é Engenheira Ambiental, Pesquisadora em Gestão de Recursos Hídricos e Desenvolvimento Regional no LabGest/UFES, em temas ligados, principalmente, ao aperfeiçoamento dos processos participativos na gestão da água. Atualmente, faz parte do Grupo de Mulheres Negras da pós-graduação Virginia Leone Bicudo.

O COTIDIANO É TEMA DA NOVA SESSÃO DO CINECLUBE AFOXÉ





No mês de junho, o Cineclube Afoxé faz sua terceira exibição, dessa vez na Garagem do Arquivo Público do Espírito Santo, na sexta-feira, dia 08, às 19 horas. Serão exibidos dois curtas “Cinzas”, de Larissa Fulana de Tal, e “Sujeito Objeto”, de Djalma Calmon, ambas produções baianas. A sessão faz parte da programação cultural da “2ª Semana Nacional de Arquivos”, uma ação realizada em parceria entre o Arquivo Público, o Arquivo Municipal de Vitória e a Universidade Federal do Espírito Santo, a sessão do Cineclube Afoxé faz parte da programação cultural do evento.
O cotidiano como espaço e tempo de microrresistências ao sistema opressor ao qual todos estão expostos é abordado nos dois curtas-metragens de ficção que serão exibidos pelo Cineclube Afoxé. Em “Cinzas”, Toni é um homem negro na labuta diária para se equilibrar a vida entre o trabalho, o estudo e a família. Em “Sujeito objeto”, Pedro é ator que trabalha como artista de rua para sustentar a família. Toni e Pedro são personagens que falam sobre a vida da maioria da população negra brasileira, que arquiteta modos de vida para resistir ao racismo.
Após a exibição, uma roda de conversa vai debater com a plateia temas suscitados pelos filmes. Dessa vez, a roda de conversa conta a participação de mulheres moradoras do Centro: Claudia Queiroz, Ivana Araújo e Zilda de Aquino. A mediação ficará com Rozilene de Sá.

Sobre o Cineclube Afoxé
O Cineclube Afoxé é um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé exibe, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, exibe filmes de diretoras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. As sessões ocorrem periodicamente, ao longo de 2018, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.

SERVIÇO
Data: 08/06/2018 (sexta-feira)
Horário: 19 horas
Local: Garagem do Arquivo Público do Espírito Santo (Rua Sete de Setembro, 414, Centro de Vitória)
Filmes: “Cinzas” e “Sujeito Objeto”

SOBRE OS FILMES
“Cinzas”, de Larissa Fulana de Tal
(Ficção, 2015, 15 minutos)
“Cinzas” é um filme que trata do cotidiano de Toni, um personagem fictício, mas que se assemelha à vivência de muitos outros personagens reais.

“Sujeito Objeto”, de Djalma Calmon
(Ficção, 2017, 14 minutos)
O filme “Sujeito Objeto” é sobre Pedro e Renata. Ele, um ator de rua, uma estátua viva que por conta dessa conjuntura se tornou seu próprio personagem: calado e duro. Renata é viva, mas aos poucos está morrendo por dentro, lutando contra o tempo e as dificuldades da dura vida.


SOBRE A RODA DE CONVERSA
Claudia Queiroz é mulher negra, mãe, pedagoga e empreendedora. Além de trabalhar como pedagoga no Centro de Convivência da Terceira Idade, divide o tempo levando moda para mulheres através da sua marca Cacau Modas. Claudia foi uma das homenageadas na edição espacial da Revista.Ag 10 anos: história de mulheres que fazem a diferença
Ivana Araújo é publicitária e moradora do centro de Vitória. Trabalhou como Produtora Cultural da Prefeitura de Vitória durante 18 anos, atualmente trabalha no Arquivo Público do Espírito Santo.
Zilda de Aquino é a proprietária do Bar da Zilda, o bar mais tradicional do Centro de Vitória.
A mediação da roda de conversa ficará com Rozilene Aparecida de Sá, ou Rozí, como é conhecida, é estudante de Direito e tem reconhecido trabalho em educação para as relações raciais, sua participação ativa nas ações culturais que revitalizam o cotidiano do Centro Histórico de Vitória, atua na diretoria da Escola de Samba Unidos da Piedade, no Coletivo Afoxé, na AMACENTRO e Bloco Amarra o Burro. Proprietária do Salão AVIVAR, que há 20 anos contribui na estética das negras e negros capixabas.


NARRATIVAS DE MULHERES PRESAS EM NOVA SESSÃO DO CINECLUBE AFOXÉ


Cartaz


Capa de Facebook


No mês de maio o Cineclube Afoxé faz sua segunda exibição, dessa vez na Casa Porto das Artes Plásticas, na quinta-feira, dia 17, às 19 horas. O tema da sessão é a situação das mulheres encarceradas no Brasil, abordado pelos documentários “Diários de classe” e “C(elas)”, que serão apresentados conjuntamente. Entre os anos de 2000 e 2016, a população de detentas no país aumentou 698%, chegando a 44.721 presas, de acordo com os dados mais recentes do governo federal. Essa população é majoritariamente composta por negras e pobres e responde por crimes relacionados ao tráfico de drogas..

“Diários de classe” é uma produção baiana que utiliza as salas de aula de alfabetização de adultos para narrar o cotidiano de uma empregada doméstica, uma mãe encarcerada por tráfico de drogas e uma adolescente transexual para resistir a um sistema que insiste em apagar as suas vidas. A direção é de Maria Carolina da Silva e Igor Souza.

“C(elas)” é uma produção capixaba da diretora Gabriela Santos Alves. A produção traz relatos de mulheres que foram presas após cometer crimes em meio aos meses finais da gravidez e narra de uma forma direta a realidade desta vivência no sistema carcerário do estado.

Após a exibição, uma roda de conversa vai debater com a plateia temas suscitados pelos filmes. Com a mediação da diretora do coletivo Afoxé, Marilene Pereira, a roda de conversa contará com a participação da diretora do filme “C(elas)”, Gabriela Alves, da socióloga Munah Malek, da advogada Patrícia Silveira e da militante Valquíria Santos.

O Cineclube Afoxé é um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé exibe, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, filmes de diretoras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. As sessões ocorrem periodicamente, ao longo de 2018, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.




SERVIÇO

Data: 17/05/2018

Horário: 19 horas

Local: Casa Porto das Artes Plásticas (Praça Manoel Silvino Monjardim, 66, Centro de Vitória)

Filmes: “Diários de Classe” e “C(elas)”



SOBRE OS FILMES



“Diários de Classe”, de Maria Carolina da Silva e Igor Souza

(Documentário, 76 min, 2017)

Frequentando salas de aula de alfabetização de adultos, uma empregada doméstica, uma mãe encarcerada por tráfico de drogas e uma adolescente transexual resistem a um sistema que insiste em apagar as suas vidas.



“C(elas)”, de Gabriela Santos Alves

(Documentário, 18 minutos, 2017)

Os meses finais da gravidez e os primeiros após o nascimento de um bebê são experiências únicas na vida de uma mulher. E quando esse cotidiano é vivido dentro de uma penitenciária?





SOBRE A RODA DE CONVERSA

Gabriela Santos Alves é Professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), é uma das realizadoras do Cineclube e da Mostra Feministas de Quinta e da Mostra Tereza de Benguela. Dirigiu e roteirizou o curta metragem C(elas).

Munah Malek é socióloga e mestra em História Política. Suas áreas de interesse são: História da escravidão e pós-abolição; História dos negros no Espírito Santo; feminismo decolonial e interseccional; meio urbano. Faz parte do Fórum de Mulheres do ES. Trabalha com pesquisa e é proprietária da Livraria Don Quixote.

Samantha Leal Fraga é advogada, especialista em Direito Penal e Processo Penal.

Valquíria Santos é professora, servidora pública e life coach. Área de atuação: serviço público, ações afirmativas, formações e capacitações em educação para relações raciais para jovens e coletivos.

Marilene Pereira é administradora, docente de educação profissional e produtora cultural. Atuação no Movimento Negro ligado as mulheres negras. Diretora do Coletivo Afoxé, integrante do Núcleo Estadual das Mulheres Negras do Espírito Santo, coordenadora do Núcleo Impulsor da Marcha das Mulheres Negras no ES e integrante do MNU.

MATERNIDADE E NEGRITUDE SÃO TEMAS DE SESSÃO CINECLUBISTA


Cartaz que foi afixado em pontos comerciais no Centro de Vitória

Capa de Facebook 

O espaço da Má Companhia – casa dos grupos de teatro Z e Repertório Artes Cênicas, recebe no sábado, 5 de maio, às 20 horas, a sessão do Cineclube Afoxé, um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult-ES. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé vai exibir, ao longo do ano, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, filmes de diretoras negras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. O evento tem entrada franca.
Nesta sessão, serão exibidos dois curtas sobre as adversidades encontradas no cotidiano de mulheres e mães negras. Lançado em abril, “Braços Vazios” é uma produção capixaba da realizadora estreante Daiana Rocha. “Deus”, de Vinícius Silva, é um curta-metragem paulistano que, assim como o primeiro, é resultado de trabalho de conclusão de curso em faculdade de audiovisual.
Após a exibição, uma roda de conversa vai debater com a plateia temas suscitados pelo filme, reunindo três nomes femininos atuantes em campos variados: a produtora cultural Mara Pereira, a cineasta, militante e ativista Xis Makeda e a diretora Daiana Rocha, de “Braços Vazios”. A mediação fica por conta de Bárbara Cazé, produtora executiva do Cineclube Afoxé.

O CINECLUBE AFOXÉ

Cineclube itinerante, sua proposta é a ocupação dos territórios de paz para a exibição de filmes relacionados a questões das mulheres, sobretudo das mulheres negras. As sessões ocorrerão ao longo de 2018, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais do Centro de Vitória, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.


SERVIÇO
Data: 05/05/2018
Horário: 20 horas
Local: Má Companhia (Rua Professor Baltazar 152, Centro de Vitória)




SOBRE OS FILMES


“Braços vazios”, de Daiana Rocha
(Documentário/ficção, 16 min, 2017)
Vera é uma mãe que perdeu seu filho, Carlos, de forma trágica. Ela não consegue se recuperar do trauma e se apega às lembranças numa tentativa de amenizar seu sofrimento. Até que, um dia, ela encontra um bilhete que a obriga a fazer uma escolha.


“Deus”, de Vinícius Silva
(Documentário/ficção, 25 min, 2016)
Acompanhando a rotina de Roseli, o filme visa a expor adversidades impregnadas no dia a dia de mulheres negras da periferia da cidade de São Paulo, que batalham para garantir seu sustento e, especialmente, o de seus filhos.



SOBRE A RODA DE CONVERSA:

Mara Pereira é educadora e pesquisadora, com pesquisas e projetos que envolvem infâncias, relações étnico-raciais, desigualdades sociais, artes visuais, literatura infantil, e mediação cultural. É doutoranda em Educação (UFES) e integra o grupo de pesquisa Infância, Educação, Sociedade e Cultura (IESC-UFES). Mestra em Artes (UERJ), especialista em História da Arte e Arquitetura no Brasil (PUC-RJ), bacharel em Produção Cultural (UFF).

Xis Makeda é historiadora, pesquisadora cultural, coordenadora e vocalista do Grupo Sawabona de Cultura Negra, que realiza projetos voltados para a preservação e valorização do patrimônio cultural material e imaterial negro, e integrante da Organização Produção Crioula. Documentarista estreante com o curta “Canto de mulher quilombola _Território Sapê do Norte” onde retrata a memória e a organização sociocultural das mulheres quilombolas do norte do ES, realizado pelo Grupo Sawabona com apoio da FASE/SAAP e traz sua assinatura no roteiro e direção.

Daiana Rocha é produtora, roteirista e diretora. Estudante de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Espírito Santo. Membra-fundadora do Coletivo Palavra Negra e do primeiro coletivo de Cinema Negro do Espírito Santo, Damballa. Integra o Cineclube Teresa de Benguela e Cineclube Afoxé. É diretora estreante com o curta-metragem “Braços Vazios”.

Bárbara Cazé é educadora e pesquisadora, licenciada em pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Mestra em Educação (UFES), com pesquisa sobre Cineclube e Escola. É produtora executiva do Cineclube Afoxé.

Cinema, samba e cultura negra na estreia do Cineclube Afoxé

A quadra da escola de samba Unidos da Piedade recebe neste sábado, 7 de abril, às 18h, a sessão de estreia do Cineclube Afoxé, um dos projetos contemplados no ano passado pelo Edital de Desenvolvimento e Manutenção do Cineclubismo da Secult. Promovido pelo Coletivo Afoxé, que reúne mulheres negras capixabas, o Cineclube Afoxé vai exibir, ao longo de todo o ano, em diferentes espaços públicos ou culturais da região do centro de Vitória, filmes de diretoras negras ou que tratem das condições de vida das mulheres negras. As sessões acontecerão em encontros mensais, sempre no primeiro sábado de cada mês.
Na sessão de estreia, será exibido o documentário “Tia Ciata” (2016), de Mariana Campos e Raquel Beatriz, que aborda o protagonismo feminino negro a partir da história da baiana Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata, uma mulher de grande importância para a história e a cultura brasileira e uma referência na construção da identidade nacional. O filme carioca tem direção e roteiro assinados por duas mulheres negras, e trata do mundo do samba e da resistência do povo negro.
Após a exibição, uma roda de conversa vai debater com a plateia temas suscitados pelo filme, reunindo três importantes nomes femininos da Unidos da Piedade: a diretora Rozi de Sá, a diretora da ala de tamborins Juliana Barcelos, a cantora Tereza Cristina (primeira mulher intérprete de samba da escola) e a representante da ala das baianas Maria da Gloria. A mediação será feita por Rita Sueli, do Coletivo Afoxé. A programação da noite vai contar ainda com roda de capoeira do grupo Besouro Mestre Terra e oficina de percussão com a bateria Ritmo Forte.



O CINECLUBE AFOXÉ

Cineclube itinerante, sua proposta é a ocupação dos territórios de paz para a exibição de filmes relacionados a questões das mulheres, sobretudo das mulheres negras. As sessões ocorrerão mensalmente, ao longo de 2018, sempre no primeiro sábado de cada mês, em praças, escadarias e outros espaços públicos ou culturais do Centro de Vitória, promovendo o debate acerca das temáticas presentes nos filmes e na realidade do Espírito Santo.



SERVIÇO

QUANDO? Sábado, 7 de abril, às 18h

ONDE? Quadra da Escola de Samba Unidos da Piedade (Praça Mário de Oliveira Filho)

PROGRAMAÇÃO:

18h – Roda de capoeira com o grupo Besouro Mestre Terra

18h30 – Exibição do filme “Tia Ciata” (Documentário, 2016, 26 minutos, RJ), de Mariana Campos e Raquel Beatriz

19h – Roda de conversa com Rozi de Sá (diretora da Unidos da Piedade), Juliana Barcelos (diretora da ala de tamborins da Unidos da Piedade), Tereza Cristina (cantora e primeira mulher intérprete de samba da Unidos da Piedade) e Maria da Gloria (da ala das baianas da Unidos da Piedade), e mediação de Rita Sueli (Coletivo Afoxé)

19h30 – Oficina de percussão com a bateria Ritmo Forte





Cartaz de divulgação usado na internet e impresso em papel tamanho

A3 e fixados em pontos comerciais no Centro de Vitória







Cartaz de divulgação em formato para capa de Facebook







Cartaz de divulgação em formato para capa de evento do Facebook